USOS DA LINGUAGEM
Francis Vanoye
Toda comunicação objetiva transmitir alguma mensagem. Para que essa mensagem seja transmitida, lançamos mão de alguns elementos. São eles:
O emissor: Aquele de quem parte a mensagem.
O referente: Situação espacial, temporal e tátil às quais a mensagem faz menção (tratando-se de um referente situacional) ou se constitui pelos elementos do contexto linguístico (tratando-se de um referente textual).
Canal de comunicação: Meio de propagação da mensagem.
Mensagem: Conteúdo das informações a serem transmitidas.
Código: Conjunto de signos e regras de combinação destes, usada para elaborar a mensagem.
Receptor: Aquele ao qual a mensagem se direciona.
No entanto, para que a comunicação seja efetivada, a garantia de transmissão não é suficiente. De nada adianta comunicar algo que o receptor não seja capaz de decodificar, de compreender. A comunicação também não é, necessariamente, unidirecional. Certos tipos de comunicação podem ocorrer de forma simultânea, ou seja, pode existir uma troca de mensagens e a intercalação dos papéis de destinador (emissor) e destinatário (receptor). Ocorrem ainda casos onde a mensagem emitida por apenas um emissor é capaz de atingir vários receptores, podendo tomar sentidos diferentes de acordo com suas interpretações particulares.
Alguns fenômenos podem afetar, de várias formas, a comunicação. Tratando-se aqui de ruídos e redundância. Consideramos ruídos não apenas o que o seu significado popular deixa inferir (perturbações sonoras), mas também as perturbações de ordem visual. Como exemplos dessas perturbações, temos: Manchas em impressões de outdoors, papéis de fax, barulhos incomuns em ligações... Todos são considerados ruídos. Já a redundância, seria todo tipo de informação acrescentada à mensagem, que já estava inserida antes. Em outras palavras: a redundância não trás nenhuma novidade à informação. No entanto, uma mensagem desprovida de redundâncias, torna-se muito densa e difícil de