INTRODUÇÃO O uso de drogas é um fenômeno bastante antigo na história da humanidade e constitui um grave problema de saúde pública, com sérias consequências pessoais e sociais no futuro dos jovens e de toda a sociedade1. A adolescência é um momento especial na vida do indivíduo. Nessa etapa, o jovem não aceita orientações, pois está testando a possibilidade de ser adulto, de ter poder e controle sobre si mesmo. É um momento de diferenciação em que "naturalmente" afasta-se da família e adere ao seu grupo de iguais. Se esse grupo estiver experimentalmente usando drogas, o pressiona a usar também. Ao entrar em contato com drogas nesse período de maior vulnerabilidade, expõe-se também a muitos riscos. O encontro do adolescente com a droga é um fenômeno muito mais frequente do que se pensa e, por sua complexidade, difícil de ser abordado1. Quanto mais cedo à criança e ou o adolescente inicia o uso de drogas, mais cedo também se iniciam os prejuízos mentais que são agravos de difícil remissão. Entre outros, os que mais se manifestam são: psicoses com as mais diversas manifestações (delírios, alucinações, etc.), déficit de atenção, rebaixamento cognitivo, transtornos de humor e de comportamento. Neste artigo iremos discutir a epidemiologia, a psicofarmacologia, o diagnostico, o tratamento, os fatores de risco e de proteção, para que possamos entender um pouco melhor a necessidade de iniciar cada vez mais cedo a prevenção e o combate ao uso de substâncias pelos jovens. MATERIAIS E MÉTODO A elaboração deste artigo foi baseada em pesquisas bibliográficas e nas bases de dados Scielo, Bireme. O objetivo deste artigo é identificar na literatura cientifica quais os agravos psíquicos que mais aparecem quando o inicio do uso de drogas se dá precocemente e ainda, verificar se estes prejuízos são maiores quando comparados com inicio do uso mais tardiamente. RESULTADO EPIDEMIOLOGIA
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Os levantamentos epidemiológicos sobre o consumo de álcool e outras drogas entre os jovens no