Uso misto
O uso misto é aquele constituído de mais de um uso (habitacional e não habitacional) ou mais de uma atividade urbana dentro do um mesmo lote.
O uso misto no edifício
Conceito: Um edifício pode ser considerado de uso misto quando há união de duas ou mais funções em sua única estrutura que geralmente são de caráter comercial, residencial e cultural. (trabalho, cultura e comércio sobrepostos)
Tem como foco principal evitar o uso de transportes para a locomoção diária seja para o trabalho e/ou o lazer.
Precursor: Le Corbusier, preocupava-se com a relação distância-tempo de deslocamento dos moradores, a cidade ideal seria composta por grandes edifícios verticais dotados de serviços em sua estrutura, “verdadeiras ‘cidades jardins’ verticais em vez das horizontais”. (SAMPAIO, 2002, p.33).
O uso misto na vizinhança
Conceito: Área residencial que conta com uma autonomia, de bens e serviços para as necessidades diárias dos seus moradores. Os equipamentos de uso coletivos estariam locados nos limites da área residencial. (trabalho, estudos e comércio próximos)
A distribuição dos equipamentos de consumo tendo como foco principal a escola que aparece como gerador do conjunto;
Recuperação da vida social ou relações de vizinhança que foram se perdendo com as transformações urbanas.
Precursor: Clarence Arthur Perry, arquiteto e urbanista, em 1929 projetou um plano para Nova Iorque utilizando um conceito de unidade de vizinhança, que pode ser considerado um dos mais importantes pelo seu princípio fundamental – o social.
Evolução
* Le Corbusier, defendia com convicção que a construção da cidade poderia transformar ou mesmo “salvar o homem do caos” (cit. in Shaw, 1991:50). * Raymond Hood, o seu conceito de “cidade sob um só teto”. * Yona Friedman, as cidades são belas. Não como a arquitetura. Porque uma cidade é uma coisa viva, com variedade e tudo isso. (Exit Utopia: Architectural Provocations, 1956-1976. London: Prestel, 2005, p.34. )