Uso indevido do alcool
o papel do Médico da Atenção Básica
Felipe de Medeiros Tavares
Psiquiatra; Especialista em Dependência Química; Mestrado pelo IMS-UERJ
SUMÁRIO
I. Introdução-------------------------------------------------------------------------------------------- 01
II. Objetivos--------------------------------------------------------------------------------------------- 02
III. Hipóteses------------------------------------------------------------------------------------------- 02
IV. Metodologia--------------------------------------------------------------------------------------- 03
IV. Considerações finais---------------------------------------------------------------------------- 05
Referências Bibliográficas-------------------------------------------------------------------------- 07
I - Introdução
A formação médica hodierna não contempla de modo satisfatório o tema Dependência Química. Nas ocasiões em que é abordado na graduação, isso ocorre somente na disciplina de psiquiatria ou saúde mental. Ademais, não é freqüente a ênfase na eficácia da atuação precoce do profissional diante de uma situação de dependência química (prevenção), uma vez que o médico geralmente atua somente nos estágios avançados, quando o comprometimento clínico/ somático é evidente, por exemplo, em casos de cirrose ou enfisema pulmonar. Este aspecto, aliás, corrobora a atual perspectiva da medicina, que age em torno dos sinais e sintomas clínicos, negligenciando o aspecto psíquico do indivíduo enfermo (Camargo Jr, 1990; Mello Filho, 2006). Tal viés é preocupante, uma vez que torna a abordagem do medico deficitária, seja em termos de orientações preventivas ou motivacionais.
Neste contexto, o clínico geral muitas vezes delega ao psiquiatra a função de abordar e conduzir um caso de dependência química, fato este que poderia (e deveria, haja vista a grande prevalência dos transtornos