uso de suplementos
Artigo de Revisão
Prevalência do uso e efeitos de recursos ergogênicos por praticantes de musculação nas academias brasileiras: uma revisão sistematizada Prevalence of the use and ergogenic resources effects by body builders in
Brazilian academies: a systematic review.
Fabiana Ranielle de Siqueira Nogueira1
Alesandra Araújo de Souza1,2
Aline de Freitas Brito1,2,3
Resumo
O objetivo da presente revisão sistemática foi traçar a prevalência, as formas de indicação e os efeitos adversos dos suplementos alimentares (SA) e esteroides anabólicos androgênicos (EAA), cujo uso é relatado por praticantes de musculação nas academias de ginástica do Brasil. Para desenvolvimento deste estudo foi realizada, em novembro de 2011, uma busca nas bases de dados
Medline, Scielo, Bireme e Lilacs utilizando as palavras-chave: esteroides anabólicos androgênicos, suplementos nutricionais e academias de ginástica. Para ser incluído, o estudo deveria ter investigado o uso de recursos ergogênicos em academias do Brasil. De acordo com os critérios de inclusão, foram selecionadas em um primeiro momento 93 investigações, mas apenas 18 foram incluídas. Os estudos selecionados demonstraram que as regiões Sul e Sudeste são as que possuem maior número de estudos. A maior prevalência de consumo dos SA foi em Belo Horizonte (90,8%), seguido por Vitória (70%), Cascavel (66%) e Curitiba (50,61%), e os produtos mais consumidos foram: proteínas, aminoácidos e creatinas. Para os EAA, a maior prevalência encontrada foi em Belo Horizonte com 85%, seguido por Aracaju (31%) e Rio Grande do Sul
(24,9%). Os produtos mais utilizados foram o Decanoato de Nandrolona, a Testosterona e o
Estanozolol. Os efeitos colaterais predominantes dos EAA foram surgimento de acne (46 a
94%) e agressividade (47 a 73%). Tanto o consumo de SA quanto o uso dos esteroides anabólicos androgênicos encontram-se exacerbados nas academias brasileiras, principalmente, na região
Sudeste. Além disso, o