Uso de PPPs no sistema Prisional

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Os presídios brasileiros contam com aproximadamente meio milhão de presos, um número o qual sozinho já assusta o suficiente sem ser necessário mencionar os 85% de reincidentes. A conclusão desses dois números é clara, o sistema brasileiro é ineficaz e improdutível. O motivo pode ser tema de inúmeros e prolongados debates como a incapacidade do governo em gerir tais estabelecimentos, fato preocupante ou a simples falta de interesse de nossos governantes em investir no sistema penitenciário, fato ainda mais preocupante.

Uma resposta ao problema dos presídios foi encontrada já no século passado no Reino Unido durante o governo da primeira-ministra Thatcher, as parcerias entre o Estado e um parceiro privado para a construção de presídios. O inicio não foi tão promissor como esperado, o teste inicial foi passar para o parceiro privado a gestão de presídios públicos já existentes, no caso foram 4, dos quais 2 voltaram pouco tempo depois a mão do Estado por constantes erros por parte do privado . A iniciativa falha foi protegida por Lorde Laming, um dos nomes tido como referencia na Câmara dos Lordes quando o assunto é referente a politicas publicas. Segundo as recomendações de Laming, a Coroa britânica deu inicio a projetos de PFI (Private Finance Initiative) ou também chamadas DCMF Prisons (Designed, Constructed, Managed and Financed). Hoje o sistema prisional inglês conta com 134 presídios dos quais apenas 14 são operados por parceiros privados, medidas bem vistas pela maioria do Parlamento britânico mas também vitima de constantes ataques por parte da oposição e principalmente não tão bem vistas pelo povo dos quais apenas 37% se dizem “confortáveis” com a ideia da privatização contra 50% “desconfortáveis” e um expressivo 27% “muito desconfortáveis”

Assim como no Reino Unido, os Estados Unidos também adotaram o uso de prisões privadas, incialmente durante os governos de Reagan e Bush Senior. Hoje os EUA são os recordistas não apenas em quantidades de presos,

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