Uso de inseticidas botânicos no controle de pragas
Márcio Dionízio MoreiraMarcelo Coutinho PicançoÉzio Marques da SilvaShaiene Costa MorenoJúlio Cláudio Martins
1. INTRODUÇÃO
Há um número muito grande plantas cuja atividade inseticida têm sido estudada. Asplantas das famílias Meliaceae, Rutaceae, Asteraceae, Annonaceae, Labiatae e Canellaceaesão consideradas as mais promissoras (Jacobson, 1990). Os compostos com ação insticidaobtidas dos diversos órgãos das plantas são denominados inseticidas botânicos.Na Índia, por volta de 2.000 A.C., já fazia-se o uso de inseticidas botânicos(provenientes de plantas) no controle de pragas. No Egito durante a época dos Faraós e naChina por volta do ano de 1.200 A.C. inseticidas derivados de plantas já eram usados paracontrole de pragas de grãos armazenados aplicados diretamente nos grãos ou por fumigaçãodestes. Já no século 16 os europeus já faziam uso de diversas plantas para efetuarem ocontrole de pragas. Entretanto, após a 2 a Guerra Mundial com o advento dos inseticidas organo sintéticos o uso de inseticidas botânicos foi reduzido grandemente (Flint & van denBosch, 1981; Casida & Quistad, 1998; Thacker, 2002).
Nas últimas duas décadas com o aumento dos problemas da resistência deinsetos a inseticidas organo sintéticos, ressurgência e erupção de pragas, e osproblemas advindos do uso indiscriminado de inseticidas organo sintéticos sobreinimigos naturais, meio ambiente e homem e sobretudo o desenvolvimento daagricultura orgânica (onde o uso de defensivos organo sintéticos é proibido) aumentouo interesse no mundo inteiro pelos inseticidas botânicos. Adiciona-se ainda o rápidoaumento do custo de síntese de novos produtos e a crescente dificuldade de sedescobrir novas classes de compostos com ação inseticida. Enquanto os dezenoveprincipais pesticidas foram introduzidos no período de 1961 a 1970, oito foramintroduzidos no período de 1971 a 1980 e somente três na primeira metade do períodode 1981 a 1990. Espera-se que a