Uso de animais em laboratório
Tanto que o prêmio Nobel de Medicina de 2007 foi para uma equipe de cientistas (os americanos Mario Capecchi, Oliver Smithies e o britânico Martin J. Evans) que utilizaram ratos de laboratórios modificados geneticamente provocando-lhes doenças semelhantes aos do homem para estudar os tratamentos.
Enquanto se premia a técnica, outros cientistas e representantes da sociedade civil reivindicam a diminuição da prática, quando não a completa extinção do costume.
E bote costume nisso. Entre as práticas usadas com animais de laboratório, está a vivissecção, que é a cirurgia em animais, muito comum em faculdades de biomédica, para estudar seus órgãos e tecidos. Os animais são também usados em testes de novas drogas para os mais diversos fins, além de experimentação de procedimentos cirúrgicos. Na psicologia, são usados para determinar reações à privação maternal, indução de estresse. As indústrias de cosméticos, produtos higiênica e de limpeza usam animais para ver o grau de toxicidade de seus novos produtos. As toxidades alcoólica e de tabaco são testadas em animais. E até para armas químicas são usadas cobaia.
O problema é que cerca de 80% desses testes é feita sem anestesia, ou usando uma vida, quando há alternativas para se realizá-los sem animais, segundo o biólogo Sérgio Greif, autor do livro “Alternativas ao Uso de Animais Vivos na Educação”. Os testes em animais causam dores extremas, cegueira e morte.
A organização não governamental The Humane Society, dos Estados Unidos, calcula que são usados como cobaias por ano de 70 a 100 milhões de bichos que morrem, 30% sacrificados pela indústria de cosméticos. No Brasil, não existe uma estatística oficial a respeito. No Rio de Janeiro, por exemplo, o Instituto Vital Brasil mata cerca de 17 mil camundongos, oitenta cobaias e sessenta