Uso da Maconha
Carlini (2006) Fala de um breve resumo da história da maconha no Brasil, a mesma inicia-se com a própria descoberta do país. A maconha é uma planta exótica. Foi trazida para cá pelos escravos negros, foi onde veio a sua denominação de fumo-de-Angola. O seu uso disseminou-se rapidamente entre os negros escravos e nossos índios, que passaram a cultivá-la. Séculos mais tarde, com a popularização da planta entre intelectuais franceses e médicos ingleses do exército imperial na Índia, ela passou a ser considerada em nosso meio um excelente medicamento indicado para muitos males.
Pope (1996 apud RIBEIRO et al., 2005) constata que, devido à dificuldade de quantificar a maconha que atinge a corrente sangüínea, não há doses formais definidas de THC que produzem a dependência. O risco de dependência aumenta conforme a extensão do consumo. Apesar disso, alguns usuários diários não se tornam dependentes ou desejam parar o consumo. A maioria dos usuários não se torna dependente e uma minoria desenvolve uma síndrome de uso compulsivo semelhante à dependência de outras drogas.
No Brasil, um levantamento realizado em 1997 com estudantes do ensino fundamental e do ensino médio em dez capitais brasileiras mostrou que a maconha é a droga ilícita mais utilizada. Comparando levantamentos anteriores (1987, 1989, 1993 e 1997), a maconha foi a droga que mais teve seu "uso na vida" aumentado, passando de 2,8% em 1987 para 7,6% em 1997. Também o uso freqüente e o pesado aumentaram estatisticamente ao longo dos quatro levantamentos. O uso freqüente (seis vezes ou mais no mês) passou de 0,4% em 1987 para 1,7% em 1997. (GALDURÓZ, NOTO, CARLINI 1997, apud RIBEIRO et al ., 2005, p. 247)
Conforme Pacher(2006), a maconha é a droga ilícita mais utilizada. A sua utilização é comum para fins medicinais e, os compostos activos da planta , têm sido demonstrado que possuem propriedades anti -inflamatórias, analgésicas e anti-térmico , entre outros.(3)