Usinabilidade dos materiais
Usinabilidade dos Metais
1. Introdução
A usinabilidade de um metal pode ser definida como uma grandeza tecnológica que expressa, por meio de um valor numérico comparativo (índice ou porcentagem), um conjunto de propriedades de usinagem de um metal, em relação a outro tomado como padrão. Entende-se como propriedades de usinagem de um metal, àquelas que expressam seu efeito sobre grandezas mensuráveis inerentes ao processo de usinagem, tais como a vida da ferramenta, a força de usinagem, o acabamento superficial da peça, a temperatura e a profundidade de corte, as características de cavaco. A usinabilidade não é, portanto, uma grandeza especifica de um dado material, tal como a resistência à tração, o alongamento, etc.; logo cada condição particular precisa ser analisada para que possa ser tirado o máximo proveito das características da matéria prima, das condições de processamento e do processo de usinagem.
De um modo geral, as variáveis que efetivamente podem influir na usinabilidade podem ser apresentadas, subdivididas em cinco grupos abaixo relacionados.
1) Variáveis dependentes da máquina: rigidez estática da máquina, do porta-ferrameta e do dispositivo de sujeição da peça; rigidez dinâmica (amortecimento e freqüências próprias de vibração na faixa de trabalho); potência e força de corte na ponta da ferramenta; faixa de variação de velocidades de corte e de avanço.
2) Variáveis dependentes da ferramenta: geometria da ferramenta (ângulos, raio de quina, dimensões, forma do gume, etc. peça); material da ferramenta (composição química, dureza a quente, tenacidade, tratamento térmico, etc.); qualidade do gume (grau de afiação, desgaste, trincas, rugosidade da face e dos flancos, etc.); faixa de variação de velocidades de corte e de avanço.
3) Variáveis dependentes da peça: forma, dimensões e rigidez da peça; propriedades físicas e mecânicas do material da peça (dureza, resistência à tração, composição química, inclusões, afinidade