Uroanalise
A medicina laboratorial teve sua origem a partir de uma análise de urina; há referências sobre urina nos desenhos feitos por nossos primeiros ancestrais e em hieróglifos egípcios. Os médicos da antiguidade baseavam-se, na maioria das vezes, apenas na análise da urina do paciente para obter um diagnóstico; este era baseado na observação da turvação, odor, volume, cor e até presença ou não de açúcar na urina. (STRASINGER, 2000)
Atualmente, a observação destas características é mantida até hoje, porém com uma análise mais precisa devido a uma maior tecnologia por laboratórios altamente equipados e também com o acréscimo de uma análise bioquímica e exame microscópio do sedimento urinário. (STRASINGER, 2000)
Controle de qualidade adequado desde a coleta até a finalização do exame (macroscópico, químico e microscópico) pode permitir que a uroanálise possa ser objeto de investigação clínica médica.
Composição da urina:
Em geral, a urina é constituída por uréia e outras substâncias químicas orgânicas e inorgânicas dissolvidas em água. Podem ocorrer grandes variações na concentração dessas substâncias, devido à influências de fatores como ingestão alimentar, atividade física, metabolismo orgânico, função endócrina e até mesmo posição do corpo. Entre outras substâncias orgânicas estão a creatinina e o ácido úrico. O principal componente inorgânico dissolvido na urina é o cloreto, seguido pelo sódio e potássio. Também estão presentes outros compostos químicos inorgânicos, em quantidades ínfimas. A concentração desses compostos inorgânicos sofre grande influência da ingestão alimentar, o que dificulta o estabelecimento de níveis normais. Outras substâncias encontradas são: hormônios, vitaminas e medicamentos. A urina também pode conter elementos que não fazem parte do filtrado plasmático inicial, como células, cristais, muco e bactérias, que em níveis elevados, podem ser indício de doença (STRASINGER, 1996; GUYTON & HALL, 2002).
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