Ureia na alimentação animal
UREIA
Profº André Luis de Moraes
Aluno: Gustavo de Oliveira Palomio
RA: 51203687
FORNECIMENTO DE URÉIA PARA RUMINANTES
A uréia é uma substância nitrogenada não-protéica. Quando ingerida, é hidrolisada em amônia, que é tóxica para todos os animais vertebrados. Mas os ruminantes conseguem utilizar essa amônia, graças à simbiose com microrganismos naturalmente presentes no seu rúmen-retículo, os quais empregam a amônia como substrato para a síntese de suas próprias proteínas.
Quando esses microrganismos passam com o bolo alimentar para o abomaso e duodeno, são então digeridos pelo ruminante, que assim pode se beneficiar da proteína microbiana, de alta qualidade.
Esse mecanismo ocorre inclusive em ruminantes que não recebem uréia sintética na dieta. A natureza provê uma pequena quantidade de uréia na saliva desses animais, proveniente da degradação normal das proteínas presentes no organismo do animal. Através da ruminação, a saliva leva essa uréia do fígado para o rúmen-retículo, favorecendo a proliferação constante dos microrganismos.
Portanto, ao adicionar uréia sintética na ração dos seus animais, o pecuarista apenas está "potencializando" um mecanismo metabólico natural. Os episódios de intoxicação só ocorrem se a quantidade ingerida de uréia exceder a capacidade dos microrganismos de utilizá-la, transformando-a em proteína verdadeira.
OS "MANDAMENTOS" PARA FORNECER URÉIA COM SEGURANÇA SÃO OS SEGUINTES:
1) Introduza a uréia gradativamente, permitindo a adaptação dos microrganismos a doses crescentes de uréia. Se houver alguma interrupção no fornecimento da uréia, reinicie o fornecimento mediante novo período de adaptação.
2) Após o período de adaptação, limite o fornecimento de uréia ao máximo de 40 g/100 kg de peso do animal/dia. Por exemplo, se V. está fornecendo uréia para novilhos de 300 kg de peso, então a quantidade máxima diária de uréia é de 120 gramas/animal (40 g x
300/100