Urbanizações nas Favelas Parte I
Nas favelas onde o governo intervém para 'urbanizar', ou trazer serviços públicos de desenvolvimento urbano, estas obras estão unidas as melhorias criativas que os moradores fizeram nas suas casas ao longo de décadas, como exemplo estas casas no Morro da Providência.
Essa é a primeira matéria de uma série de três, sobre a história da urbanização nas favelas do Rio de Janeiro.
Ativistas dos direitos à moradia defendem hoje a melhoria das comunidades informais, em oposição a prática de removê-las, baseado na preservação histórica, na baixa qualidade das compensações habitacionais, na localização dos moradores em relação ao emprego e no direito de posse. Na prática o que causou o desenvolvimento das favelas ao longo dos anos no Rio de Janeiro foi uma história política específica. “Apoiar ou remover” é a mais documentada experiência em políticas públicas nas favelas do Rio e também para a qual a resposta mais clara se desenvolveu.
Início do século XX
A primeira favela do Rio foi fundada em 1897 pelos veteranos da Guerra de Canudos e as centenas de favelas que seguiram, durante o século XX, também foram fruto da mesma necessidade de começar uma vida urbana em uma cidade carente de habitações com preços acessíveis. Embora políticas públicas voltadas para as favelas não tenham sido delineadas em documentos do governo até 1937, quando o Código de Obras dizia que as moradias deveriam ser demolidas, a primeira intervenção do governo em áreas de baixa renda ocorreu em 1910 quando o Prefeito Francisco Pereira Passos demoliu centenas de cortiços e inúmeras favelas para dar espaço a “Haussmanização do Rio”, uma imitação das ruas largas de Paris com jardins projetados pelo urbanista francês.
O primeiro projeto de urbanização na Providência foi realizado em 1958 por missionários metodistas filiados com o que é hoje o Instituto Central do Povo (foto de Maurício Hora).
O Código de Obras de 1937, refere-se as