Urbanização
Em nosso país, 70 anos foram suficientes para alterar os índices de população rural e os de população urbana. Esse tempo é muito curto e um rápido crescimento urbano não ocorre sem o surgimento de graves problemas.
Favelização e outros problemas da urbanização
A urbanização desordenada, que pega os municípios despreparados para atender às necessidades básicas dos migrantes, causa uma série de problemas sociais e ambientais. Dentre eles destacam-se o desemprego, a criminalidade, a favelização e a poluição do ar e da água. Relatório do Programa Habitat, órgão ligado à ONU, revela que 52,3 milhões de brasileiros - cerca de 28% da população - vivem nas 16.433 favelas cadastradas no país, contingente que chegará a 55 milhões de pessoas em 2020.
O Brasil sempre foi uma terra de contrastes e, nesse aspecto, também não ocorrerá uma exceção: a urbanização do país não se distribui igualitariamente por todo o território nacional, conforme podemos observar na tabela abaixo. Muito pelo contrário, ela se concentra na região Sudeste, formada pelos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Brasil: Ìndice de urbanização por região (%) Região | 1950 | 1970 | 2000 | Sudestes | 44,5 | 72,7 | 90,5 | Centro-Oeste | 24,4 | 48 | 86,7 | Sul | 29,5 | 44,3 | 80,9 | Norte | 31,5 | 45,1 | 69,9 | Nordeste | 26,4 | 41,8 | 69,1 | Brasil | 36,2 | 55,9 | 81,2 | * Estatísticas Históricas do Brasil: séries econômicas, demográficas e sociais de 1950 a 1988