URBANISTAS PRE MODERNOS
Na aula passada falamos sobre os primeiros urbanistas progressistas, ou seja, a base do urbanismo progressista sendo traçada pelos dois urbanistas que nós falamos: Tony Garnier com sua cidade industrial e o Arturo Soria com a sua cidade linear. É interessante porque quando vocês lerem o texto do Peter Hall sobre o Ebenezer Haward vocês vão perceber que ele vai citar o Tony Garnier comparando-o com o Ebenezer Haward. Percebam nessa leitura que o Peter Hall não está interessado nessa estrutura apresentada pela Françoise Choe, ele não está engessado dentro dessa estrutura. Ele pega, dentro de um período histórico quais nomes surgiram e como que de repente um pode ter influenciado o outro.
Hoje nós falaremos dos urbanistas, ou ainda, dos pré-urbanistas culturalistas. O que os urbanistas culturalistas estão pensando num primeiro momento é exatamente numa crítica a essa cidade que está surgindo a partir da Revolução Industrial. O primeiro que podemos falar, o John Ruskin, que vai tratar em seu livro sobre essa frieza, essa monotonia, essa repetição tão característica da cidade que ele considera contemporânea, moderna. Ele costuma dizer “que nenhum mortal gostou, ou poderá gostar de nossa arquitetura atual, afinal de contas ninguém tem interesse de ouvir sempre a repetição da mesma coisa, como pode suportar ver sempre a repetição a mesma coisa?” Ele faz uma crítica a produção dessa cidade planejada e pensada pelos urbanistas progressistas, pois vê nessas cidades uma reprodução infinita, em janelas, em ruas de tabuleiro. Esses primeiros culturalistas vêem na Revolução Industrial a destruição da humanidade, a decadência humana, a decadência moral do homem. Ao mesmo tempo, esses culturalistas que surgem na Inglaterra, surgem impregnados dessa filosofia romântica característica daquele período. Essa visão romântica foi vista no período passado nos parques românticos, parques ingleses, falamos que depois do movimento neoclássico surgiu o