Urbanismo
O texto fala como as atividades econômicas, o crescimento populacional, o mercado imobiliário e as políticas públicas podem mudar o uso de certas áreas. Em locais onde o governo deseja uma atração de capitais, o mercado imobiliário é estimulado através de baixa regulamentação do uso do solo e do financiamento público desses. Todas essas características unidas a facilidade de empréstimos bancários fizeram com que locais degradados, como centro da cidade e lugares que abrigavam industrias fossem substituídos por grandes empreendimentos imobiliários. Na década de 90 a cidade passa a ser vista como um produto para ser visto e visitado que em conjunto da atração de classes sociais mais avantajadas nos locais de degradação fizeram com que alguns pontos da cidade mudassem de função. Esse fenômeno ficou conhecido como gentrificação e pode ser exemplificado em importantes cidades do Mundo, como no Soho em Nova Iorque, Marais em Paris e Docklands em Londres. O mesmo ocorreu na cidade de Salvador na região do Pelourinho. Nesse caso a região sofreu uma desvalorização devido a inserção de industrias e a desvalorização de áreas centrais. Ainda como capital brasileira, Salvador possuía um urbanismo português, a região do Pelourinho era muito valorizada. O declínio do Pelourinho começou com a mudança da capital para o Rio de Janeiro, e continuou em decorrência da especulação imobiliária e o surgimento do urbanismo moderno, o que o tornou conhecido como um lugar sujo e perigoso. Como em 1985 o Pelourinho foi considerado Patrimonio da Humanidade pela UNESCO, o governo resolveu revitalizar a área, contratando a arquiteta italiana Lina Bó Bardi, que realizou projetos que visavam manter as raízes do local. Entre esses projetos estão: o Belvedere da Sé, o Complexo da Barroquinha, a Casa do Benin, a Casa do Olodum, e a Fundação Pierre Verger, e o