urbanismo
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Do iluminismo aos movimentos contemporâneos
ARGAN, Giulio Carlo. Clássico e Romântico. In: Arte Moderna: Do iluminismo aos movimentos contemporâneos. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. O crítico e ensaísta italiano Giulio Carlo Argan nasceu em Turim, na Itália, em 1909, e morreu em Roma, em 1992. Contextualizando a arte com o momento histórico, Argan procura dar sentido aos movimentos artísticos. Deixou váriosescritos como: Arte Moderna (1992), A Arte Moderna na Europa (2010), Clássico Anticlássico (1999) e Imagem e Persuasão (2004) . 1
No capítulo “Clássico e Romântico” do livro “Arte Moderna: Do iluminismo aos movimentos contemporâneos”, Argan aborda dois conceitos de arte, o clássico e o romântico, ora numa relação dialética, ora de antítese, porém sempre atrelados ao momento histórico e cultural.
Segundo Argan, aproximadamente da metade do Séc. XVIII até a metade do Séc. XIX se estende pela Europa dois movimentos: o Neoclassicismo (1780-1830) e o Romantismo (1830-1850). Nesse momento histórico o artista conquista sua autonomia. Sua atividade, agora de ordem primária, não é mais considerada como conhecimento do real, de trasncendência religiosa ou exortação moral, porém o artista se declara contemporâneo de seu tempo e contextualiza sua obra com o momento histórico. Como no trecho:
A cesura na tradição se define com a cultura do Iluminismo. A natureza não é mais a ordem revelada e imutável da criação, mas o ambiente da existência humana; não é mais o modelo universal, mas um estímulo a que cada um reage de modo diferente; não é mais a fonte de todo o saber, mas o objeto da pesquisa cognitiva. [...] (ARGAN, 1992, pág. 12) Argan aponta aspectos das diretrizes que permeavam esses dois movimentos. No caso do Neoclássico, o autor situa o acontecimento no Iluminismo, a Revolução Francesa. A razão torna-se parâmetro para a arte, assim como um ideal de belo da cultura greco-romano. Mitifica-se o