Urbana
Industrialização e Crescimento Populacional
Foi grande o número de pessoas que passaram a viver na região urbana, a partir do desenvolvimento industrial.
E, a pesar da importância da industrialização, a população européia era predominantemente rural, em 1600 apenas 1,6% das cidades tinham eram superior a 100 mil habitantes.
Com a revolução industrial a urbanização tomou ritmos muito acentuados, porem não aconteceu de forma igual e com a mesma proporção em todo o território europeu.
A Inglaterra foi o primeiro espaço de desenvolvimento pleno do capitalismo industrial. No inicio do sec. XIX as cidades com população urbana superior a 100 mil habitantes, eram mais de 10%.
Os altos índices de mortalidade na Europa é outro fator a ser acrescentado na nossa analise. Milton Santos em A Urbanização Desigual, ilustra alguns dados desse processo, e mostra que esses índices eram altos tanto na Inglaterra, quanto na Espanha que ainda não vivenciava o processo de industrialização. E esses índices se acentuavam ainda mais a medida que consideramos as grandes cidades.
Esse processo de urbanização teria sido ainda maior se não fosse os índices de mortalidade. Certo que essa urbanização ocorreu devido ao processo de migração do campo-cidade, em face do desenvolvimento capitalista urbano que proporcionava uma maior produtividade.
As Cidades Depois da Revolução Industrial
A expressão urbanização via industrialização deve ser entendida no contexto do desenvolvimento do capitalismo industrial que provocou grandes mudanças nos moldes da urbanização, no que se refere ao papel desempenhado pelas cidades, e na estrutura internas destas. Castells sugere falarmos de produção social das formas espaciais, ao invés de urbanização, buscando aprender as relações entre o espaço construído e a transformações estruturais de uma sociedade, analisando a passagem da produção artesanal para a produção industrial, para o capitalismo industrial e concorrencial.