UPS enxerga futuro em toda a cadeia de suprimentos
Suprimento
Logística: Oportunidades de crescimento no transporte de encomendas ficam menores
VALOR ECONÔMICO, São Paulo, 10/09/2009 Roberta Campassi, de Louisville
Stephen Flowers, presidente da UPS para as Américas: companhia já faz até consertos de laptops da Toshiba nos EUA. A cena se repete algumas vezes ao longo do filme "Legalmente loira", uma comédia açucarada de Hollywood: o funcionário da United Parcel Services (UPS) entra no salão de beleza vestido com uniforme da empresa, entrega uma encomenda e coleta uma assinatura. Cada vez que ele aparece, a manicure Paulette, uma personagem coadjuvante interpretada pela atriz Jennifer Coolidge, se derrete em suspiros e faz coisas desastradas. Mas no fim ela conquista o entregador da UPS e se casa com ele.
O merchandising da companhia nesse e em outros tantos filmes americanos - como "Homem Aranha 3" e "Marley e Eu" - mostra ao telespectador que seu principal negócio é o transporte de encomendas e documentos. Com a liderança de mercado nos Estados Unidos e forte presença na Ásia e Europa, a UPS é uma das maiores do mundo do setor (ver tabela). Mas há uma parte dos negócios da empresa, cada vez mais significativa, que dificilmente será mostrada nas telas de cinema.
Um dos objetivos da UPS nos últimos anos foi crescer com uma combinação de serviços de logística para empresas em diferentes etapas da cadeia de produção, pouco visíveis ao consumidor final. As atividades incluem desde o transporte de insumos a fábricas, estocagem de materiais e distribuição de produtos acabados aos pontos de venda até a chamada logística reversa, que transporta as mercadorias no sentido inverso, do consumidor ao fabricante.
De 2004 a 2008, a receita dos negócios da unidade que engloba esses serviços (chamada de "cadeia de suprimentos") saiu de US$ 2,8 bilhões e triplicou para US$ 8,9 bilhões. Já a participação na receita passou de 7,7% para 17,3%. Parte do