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Segundo nota de funcionários, quatro cirurgiões do HMI deixarão os cargos até o fim deste mês, “caso a prefeitura não honre o compromisso feito em contrato”. O ato de indignação se dá, conforme eles, depois que descobriram que o salário atrasado e prometido para ser pago na quinta-feira (06) não foi depositado, sendo que o valor recebido no último contracheque da categoria teria sido menos da metade do combinado no contrato.
“Isto é um absurdo, um desrespeito com o profissional. Além de sermos obrigados a trabalhar em condições sub-humanas, com falta de equipamentos e medicamentos, equipe insuficiente para atender à demanda dos pacientes, ainda temos que trabalhar sem receber o salário”, afirma um médico que preferiu não se identificar. Ele acrescenta: “A falta de compromisso do governo com a equipe de saúde já perdura por meses e várias reclamações foram denunciadas à imprensa, entre elas a falta de material, pacientes jogados pelos corredores, falta de profissionais e furo nas escalas que prejudicam o atendimento à população”, comenta.
Um dos médicos diz que do salário regular de R$ 6 mil, que já estava defasado, neste mês a categoria recebeu em torno de R$ 2,7 mil. Não foi cumprido o projeto sancionado pela administração, de implantação de remuneração diferenciada para médicos plantonistas, que trabalham em escalas de plantão de 24 horas semanais (além do salário, eles receberiam mais 50%). “O problema atinge não só os pacientes, mas toda a equipe, que acaba sendo agredida com palavras e ações dos pacientes e familiares que ficam revoltados com a falta de atendimento”, expõem os profissionais.
‘Elefante branco’
De acordo com um dos denunciantes, se a administração continuar retendo os salários dos médicos e corpo de enfermagem, a UPA corre o risco de se tornar um ‘elefante branco’, penalizando mais uma vez o cidadão que não conta com plano de saúde ou condições de pagar consulta. Até agora, dos 26 médicos convocados para trabalhar na