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MOURO, Helena. A investigação no Serviço Social: Os Anátemas de uma Velha Questão, Rev. Interacções, Portugal, 2004, número 7, pg. 100-109.O texto aborda sobre a investigação no Serviço Social, enquadrando uma reflexão crítica da autora sobre o processo de qualificação do Serviço Social e seu modelo disciplinar na sociedade portuguesa, de forma a avaliar a produção teórica junto ao conhecimento prático. A investigação no Serviço Social não é algo contemporâneo, mas que provém dos finais do século XIX, período este em que o Serviço Social estava tomando a forma de profissão. O investimento em estudos sociais qualifica no que diz respeito a intervenção social, permitindo ao Serviço Social a expansão da linguagem profissional junto ao exercício analítico, criando um campo próprio de “investigação social”. Tal investigação surge assumindo tanto indicadores econômicos quanto de ordem social. Rompe-se com o ortodoxo para investir no paradoxo, quebra-se com a perspectiva positivista, para construir novas metodologias a fim de analisar os problemas sociais, formando novos processos de intervenção social. O trajeto conduzido pelo Serviço Social no campo da investigação tem como referência um modelo orgânico de sociedade, tendo como foco os problemas de ordem social. No final dos anos 1960, o Serviço Social foi confrontado com a necessidade de reavaliação no campo da intervenção e novas estratégias diante do conservadorismo teórico e prático. O processo de transformação cultural da profissão do Assistente Social é impulsionado com o Pós-Guerra, reconstrução européia, Guerra Fria, entre outros. Os novos ramos de intervenção social tratam-se de uma nova percepção positivista quando a produção de conhecimentos no âmbito conservador. O surgimento da escola diagnóstica e escola funcional servirão de representação nos processos de afirmação profissional. A dificuldade em definir os limites e relações entre a prática e o conhecimento teórico serve como agentes transformadores