Uocs meio ambiente
As grandes cidades e suas áreas metropolitanas são responsáveis por alguns dos principais problemas ambientais enfrentados pela humanidade. O estilo de vida nas maiores cidades caracteriza-se por uma elevada demanda de energia, gerando poluição atmosférica, efeito estufa e gases que afetam a camada de ozônio. Essas aglomerações urbanas também concentram a atividade industrial, aumentando sua contribuição para os problemas globais, assim como acentuando os impactos ambientais locais. No nível local, as grandes cidades também pressionam os recursos hídricos (captação maior do que a capacidade de reposição, combinada com poluição industrial e domiciliar) e os solos (contaminação através de poluentes carreados pelas chuvas e devido à disposição inadequada do lixo). Micklin (1999) inclui a qualidade da água e a degradação dos ambientes urbanos entre os maiores desafios ambientais para a América Latina. Segundo Rockwell (1999), a urbanização está associada com o maior número de mudanças no uso do solo do que qualquer outra atividade humana, se a “pegada ecológica” distante da cidade for reconhecida. Além desses impactos ambientais, as grandes cidades dos países subdesenvolvidos possuem outra característica: é aqui que a intersecção entre as desigualdades sociais e os custos ambientais e econômicos do crescimento industrial são mais claramente refletidos. A exclusão social agora ameaça solapar as metas do desenvolvimento, diluindo os ganhos das décadas recentes e aumentando as distâncias entre os grupos sociais. No Brasil, em um grau exagerado, apenas alguns grupos obtiveram os benefícios da urbanização/industrialização do Século XX. A exclusão social contemporânea não se refere apenas ao acesso restrito ao consumo material, mas também ao difícil acesso aos serviços públicos e à maior vulnerabilidade ambiental.
Vulnerabilidade das populações urbanas
A lógica do industrialismo e do consumismo produz,