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A produção brasileira de agregados para a construção civil –composta por um conjunto de minérios como areia, saibro, brita e cascalho- supera a de minério de ferro, carro-chefe da mineração e um dos garantidores do saldo positivo da balança comercial.
Os números da economia do setor mostram que, enquanto a produção de ferro em 2009 foi de 310 milhões de toneladas, a de agregados totalizou 481 milhões. Esse setor gira em R$ 8,3 bilhões em negócios e é responsável por 68 mil empregos diretos no país.
Os agregados são bens minerais de extrema utilidade pública, embora essa condição não esteja reconhecida em lei, que os descreve como de interesse social. Além disso, são pouco percebidos como minérios pela sociedade.
A força desse segmento foi manifestada durante e depois da crise mundial – e na projeção de um horizonte de vários anos -, a produção segue no azul. É um sinal de que toda a economia vai no mesmo tom, ainda mais que os agregados respondem por cerca da metade do consumo mundial de minerais. É igualmente um indicador de melhoria da qualidade de vida, já que esses minérios resultam em mais saneamento, mais habitação, mais infraestrutura de transporte etc.
Dados da Anepc (Associação Nacional de Entidades de Produtores de Agregados para Construção Civil) mostram que, em 2008, a produção de 465 milhões de toneladas representou alta de 19% em relação à de 2007.
No ano passado, o avanço foi de 3,5%, quando as empresas atingiram 93% da capacidade instalada, sendo o Estado de São Paulo o maior produtor e consumidor, com absorção de 31% do total.
A estimativa é fechar o período 2010-16 com crescimento acumulado de 29%, número que pode ser ainda melhor devido à Copa do Mundo, aos Jogos Olímpicos e ao PAC 2.
Mas, como todo setor produtivo, o de agregados enfrenta obstáculos: legislação ambiental cada vez mais restritiva; dificuldades de obtenção e renovação de licenças; excesso de tributação e informalidade; sistema precário de distribuição