união europea
O tratado original de criação da Comunidade Européia ( atual União Européia) foi assinado em Roma, em 1957. Roma, o centro do antigo Império Romano e a sede da Igreja, simbolizaram as idéias de unidade e universalidade. O Império Romano considerava-se um poder universal, por isso, os povos que não o integravam eram denominados bárbaros.
No Império Romano nasceu o cristianismo e, depois, a Igreja oficial. A transformação da religião dos rebeldes em religião do poder obedeceu á lógica da universalidade. O cristianismo tornou-se religião imperial, herdando o impulso expansionista do Império Romano e, nos séculos seguintes, engajando-se conversão dos “bárbaros”. Os estadistas que assinaram o Tratado de Roma sonhavam em restaurar a unidade e a universalidade sobre as quais se ergueu a civilização européia.
Os impérios e o Estado-nação
A Europa foi o berço do Esado-nação contemporânea. O Estado-nação é o poder centralizado que expressa a singularidade histórica e cultural de um povo, ou seja, sua diferença em relação aos demais povos. Na Europa, ele surgiu em oposição aos impérios, como fruto dos projetos nacionalistas de soberania.
A Paz da Westfália, firmada em 1648, no fim da Guerra dos Trinta Anos, representou o primeiro “contrato entre Estados” na história. Naquele contrato, os soberanos se comprometeram a respeitar a soberania dos demais, criando assim a “Europa dos Estados”.
As Guerras Napoleônicas, na passagem do século XVIII para XIX, traduziram o conflito entre o princípio da soberania dos Estados e o princípio do império universal. A vitória dos Estados coligados contra Napoleão Bonaparte significou a derrota do projeto de unir a Europa pela força.
No Congresso de Viena, em 1815, os Estados europeus ratificaram o contrato firmado na Paz da Westfália; durou um século, mas o sistema de Estado da Europa desabou numa orgia de destruição e sangue nas duas guerras do século XX.
Um continente arruinado
As duas guerras mundiais do