Universidade
Se formos analisar a história deste país, fica claro o quanto atrasados ficamos em relação aos países europeus. Os portugueses, quando chegaram ao Brasil só possuíam dois objetivos, o de fiscalizar as terras para que não fossem invadidas por outros povos, e o de explorar seus habitantes e riquezas. As únicas tentativas de educação ao povo vieram por parte dos jesuítas no sentido de catequese, ou seja, educação religiosa, e não, de uma educação voltada a especialização em determinada área e estudo sobre esta. Os filhos dos grandes latifundiários tinham que voltar a Europa para uma formação superior, especialmente em Coimbra.
Somente com a chegada da família real, em 1808, que começa a se falar na criação das escolas de medicina na Bahia e no Rio de Janeiro, além de iniciativas isoladas que já existiam, como a fundação da Escola Militar de Engenharia no Rio se Janeiro, que pode ser vista como o ingresso do Brasil na formação superior, apesar de ser ainda uma instituição portuguesa.
Partindo daí, podemos ver claramente o motivo do ensino superior brasileiro se encontrar em desvantagem se comparado a outros países da América Latina. Se torna um grande desafio falar da educação no Brasil, pois, diante do seu começo turbulento, ainda é complicado se atualizar e evoluir o tanto que precisa para o crescimento que o país se propõe.
A verdade é que a história nos conta que este cresceu como uma instituição elitista e segregadora, da qual poucos tinham acesso. Somente os mais ricos e mais poderosos tinham a possibilidade de mandar seus filhos a essas instituições e assim foi se criando a situação na qual ainda lutamos hoje para nos vermos livres. Uma sociedade que exclui o mais fraco, o deixando, já em primeiro plano em desvantagem e fora do mercado