UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE trabalho do ovidio
Curso: Psicologia
Aluna: Anny Karolyne Ferreira Custódio
A interpretação que Deleuze faz de Nietzsche, difere muitas vezes das que outros fizeram, talvez porque o Nietzsche de Deleuze não seja o mesmo Nietzsche de outros filósofos e estudiosos, talvez o Nietzsche de Deleuze não seja em nada parecido nem com o Nietzsche do próprio Nietzsche. E essa interpretação diferente de outras dadas se deva a empatia que Deleuze teve com Nietzsche, e por essa razão Nietzsche se torno uma das principais influências de Deleuze. Pois para ele, o ofício do filósofo é inventar conceitos, e assim como Nietzsche cria Zaratustra, Deleuze afirma ter criado com Félix Guattari o conceito de ritornelo.
Em Nietzsche (1965), Deleuze interpreta alguns pontos das obras de Nietzsche e por consequência acaba criando um ponto de vista próprio. Deleuze começa o livro com a vida de Nietzsche, como os acontecimentos influenciaram seus pensamentos.
Nietzsche vinha de uma família religiosa, e isso o afeto de tal maneira que crio nele uma tendência ao ateísmo. Nietzsche nega de tudo que está ligado à religião e a dogmas, tudo que é imposto, e isso é evidenciado muito bem, em Ecce Homo, quando diz “Conheço meu fado. Um dia haverão de unir ao meu nome a lembrança de algo monstruoso – Uma crise como jamais houve outra na Terra, na mais profunda colisão de consciência, em uma decisão evocada contra tudo aquilo que até então havia sido acreditado, reivindicado, santificado... Eu não sou um homem, eu sou dinamite. – E com tudo isso não há em mim que me torne fundador de uma religião, religiões são negócios do populacho e eu sempre tive a necessidade de lavar as minha mãos ao entrar em contato com as pessoas religiosas.” (p.144).
Nietzsche não combatia a religiosidade, mas sim a religião e seus dogmas que, ao apresentar-se como única verdade aprisiona o ser humano e matam a liberdade de expressar suas emoções. Nietzsche questiona a verdade, e quem a deseja. Nesse