UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESP RITO SANTO
CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E ECONÔMICAS
DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL
Discipina: Tópicos especiais em Política Social II
Temática: Famílias e "novos" arranjos familiares.
Professor:Claudio H. Miranda Horst
Discente: Marcela Cricco de Assis Miranda
MISKOLCI, Richard. Pânicos Morais e controle social – reflexões sobre o casamento gay. p. 101-128
“A discussão evoca um dos temas clássicos da sociologia: a dinâmica da reprodução e da mudança social.” (Pg 103)
“O casamento gay se tornou uma possibilidade que evoca temores com relação à sobrevivência da instituição em seu papel de mantenedor de toda uma ordem social, hierarquia entre os sexos, meio para a transmissão de propriedade e, principalmente, valores tradicionais. Assim, se a rejeição ao casamento gay reside neste pânico da mudança social, isto se dá porque nossa sociedade construiu historicamente a imagem de gays como uma ameaça ao status quo.” ( Pg 104)
“O estigma apelava para o fato de que seus comportamentos confrontavam a ordem social estabelecida.” (107) “Gays teriam em comum com seu grupo de pertencimento o potencial de romper com padrões normativos, estabelecendo relações com classes sociais distintas, com outras “raças” e até mesmo com diferentes gerações.” ( Pg 107)
“Os pânicos morais exprimem de forma culturalmente complexa as lutas sobre o que a coletividade considera legítimo em termos de comportamento e estilo de vida.” (Pg 111)
“Cohen criou o conceito de pânicos morais para caracterizar a forma como a mídia, a opinião pública e os agentes de controle social reagem a determinados rompimentos de padrões normativos.” (Pg 111)
“Se o casamento foi colocado na berlinda, o que dizer então da instituição que ele fundava: a família? Por meio da família a sociedade regia as relações com a tradição e, assim, com as demandas de enquadramento social. Na esfera da sexualidade, a família era crucial para assegurar a conformidade aos padrões sexuais