Universalização dos Direitos Humanos em oposição ao Pluralismo Cultural
Segundo entendimento de Boaventura dos Santos Souza, uma das principais barreiras encontradas pelos países na elaboração de documentos/declarações internacionais sobre os direitos humanos é superar a dicotomia representada pela Universalização dos direitos humanos em oposição ao Pluralismo Cultural dos países. É salutar que os principais documentos elaborados pelas Nações não constatem esse importante ponto, existem diferentes países e seus costumes e culturas são diversificados, visto a totalidade do globo. Os documentos elaborados até o momento não representaram, de forma eficiente, os anseios e perspectivas que os formularam, visto que não foram devidamente adotados e praticados por países que os “olhavam” com desconfiança, é o caso dos países do Oriente Médio, de religiosidade muçulmana. Alias não seria esse o principal problema dessas cartas de direitos, boa parte elaborada sob a visão ocidentalizada de direitos humanos. Não resta dúvidas que existem direitos intrínsecos a qualquer pessoa, mas esses “valores” não são compreendidos e entendidos “direitos” por todos os países, mesmo naqueles participaram da elaboração de alguns desses documentos. A história de cada nação, sua formação e seus valores culturais e sociais devem ser considerados para se criar um documentos ou documentos garantidores de direitos que respeitem exatamente essa diversidade cultural. Mesmo aqueles países que se vangloriam ser “Propagadores da Democracia” e “Defensores Perpétuos dos Direitos Humanos”, lembremos os casos de França e dos Estados Unidos da América, que continuam a desrespeitar esses valores previstos nos tratados internacionais de direitos humanos, as quais são signatários. Não nos esqueçamos dos episódios da aprovação da Lei Francesa que proibiu o uso da burca nos colégios franceses. Alegavam os defensores dessa medida que o uso de tal