Unip
Edward'N. Luttwak, professor de Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais de Washington, foi talvez o primeiro autor que, em plena crise do mundo socialista e início do final da, guerra fria, proclamou que as guerras militares foram agora substituídas- pelos conflitos econômicos. Entretanto, se a geopolítica está sendo substituída pela geoeconomia, esta última não tem um papel tão forte quanto aquela tinha no mundo militarizado e dominado pelos conflitos entre os Estados nacionais, o confronto agora deixou de ser militar para se tornar•econômico (...) Em última análise, os confrontos militares representam um desperdício de recursos. As competições econômicas são exatamente o contrário. Na competição econômica o mundo não está mais dividido em parceiros e inimigos. O jogo será simultaneamente competitivo e cooperativo. É possível ser amigo e aliado e no entanto querer vencer." Com isso, ele quis dizer que cabe agora aos norte-americanos tomarem consciência e se engajarem na estratégia adequada para esse novo jogo competitivo/cooperativo: evitar os perigos (que, na sua opinião, não consistem mais em ideologias alternativas ao capitalismo e sim no descontentamento, gerado pelas desigualdades, migrações e injustiças, que está produzindo em algumas áreas o crescimento do racismo e do neonazismo) e promover as condições para o seu país continuar liderando o mundo neste novo século, quais sejam: investir mais e melhor em pesquisa e desenvolvimento, em projetos de infraestrutura, em reformas nos programas depensão e assistência médica para os idosos, em educação e qualificação da força de trabalho!
Os megablocos ou mercados regionais - Uma das ideias mais populares 'a respeito da disputa pelo poder no mundo pós-guerra fria é a dos megablocos ou "blocos regionais". Essa-interpretação consiste basicamente na ideia de que são os megablocos, e não mais os Estados nacionais, que dominam o cenário