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Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para conhecer o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver.
Klink, Amyr. Mar sem fim. Companhia das Letras, 2000
Na frase “que nos faz professores e doutores do que não vimos”, o pronome destacado é responsável pela coesão textual, retomando a expressão antecedente.
Resposta Selecionada:
d. “essa arrogância”.
Resposta Correta:
d. “essa arrogância”.
Comentários:
Resposta Correta: “essa arrogância”. O pronome, que é relativo, e refere-se a “essa arrogância”: para quebrar essa arrogância que nos faz professores e doutores do que não vimos. Então esse que garante a coesão no texto.
Pergunta 2
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A queimada
Num alvoroço de alegria, os homens viam amarelecer a folhagem que era a carne e fender-se os troncos firmes, eretos, que eram a ossatura do monstro. Mas o fogo avançava sobre eles, interrompendo-lhes o prazer. Surpresos, atônitos, repararam que a devastação tétrica lhes ameaçava a vida e era invencível pelo mato adentro, quase pelas terras alheias. (...) O aceiro foi sendo aberto até que o fogo se aproximou; a coluna, como um ser animado, avançava solene, sôfrega por saciar o apetite. Sobre a terra queimada na superfície, aquecida até o seio, continuava a queda dos galhos. O fogo não tardou a penetrar num pequeno taquaral. Ouviam-se sucessivas e medonhas descargas de um tiroteio, quando a taboca estalava nas chamas. O fumo crescia e subia no ar rubro,