Unidade de vizinhança
[pic]
ROSSANA DELPINO
JULIANA MONTEIRO
Resumo do trabalho realizado para o IPHAN - Instituto de Patrimonio Histórico e Artístico Nacional - sobre o Inventário da Unidade de Vizinhança realizados pela FARE Arquitetura e Urbanismo.
CONTEXTO HISTÓRICO DE BRASÍLIA
Inicialmente, antes de abordar o projeto do Plano Piloto, é fundamental citar os antecedentes do contexto em que se encontrava a arquitetura e o urbanismo no Brasil. Em meados da década de 1920, surgem as primeiras obras - resultados da colaboração entre Lucio Costa e Gregori Warchavchik - identificadas como arquitetura moderna. Warchavchik, um exilado russo, trazia sua experiência de outro universo histórico e cultural, além de incorporar ao seu trabalho as influências do Futurismo e ser o responsável pelas primeiras casas cubistas construídas no Brasil.
No início da década de 1930, o mundo sofria com as consequências da grande crise econômica norte-americana que afetou, de várias formas, os países que viviam sob a influência financeira dos Estados Unidos. No Brasil, era a época da transição entre a República Velha e a ascensão de Getúlio Vargas, um momento de dificuldades econômicas e mudanças políticas. A Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo, em 1922, deixou sua marca e havia uma ebulição cultural que criava condições propícias a novas idéias e conceitos sobre arte, literatura e arquitetura, entre outras manifestações criativas. Em 1930, o arquiteto e urbanista Lucio Costa foi nomeado diretor da Escola de Belas Artes, no Rio de Janeiro, então Capital Federal, de onde o presidente da República, Getúlio Vargas, governava prometendo grandes mudanças estruturais e a modernização do país, em todos os setores. Vargas acolheu a arquitetura moderna, tratando-a como assunto de política nacional.
Outra grande contribuição e influência direta para essas transformações ocorreram em 1936, com a vinda, ao Brasil, do