Unidade de radiologia intervencionista móvel: inovação e responsabilidade social
Unidade de radiologia intervencionista móvel: inovação e responsabilidade social
A mobile interventional radiology unit: innovation and social responsibility
Nestor Hugo Kisilevzky1, Henrique Elkis2, Francielle Aparecida Gusmao3
RESUMO
Objetivo: Apresentar os resultados preliminares de um estudo de
viabilidade conduzido para determinar o valor de uma unidade de radiologia intervencionista móvel com o objetivo de promover um programa de embolização uterina em mulheres de baixa renda.
Métodos: Quarenta pacientes portadoras de miomatose sintomática foram tratadas com embolização uterina. Os procedimentos foram realizados em quatro hospitais públicos localizados na área metropolitana de São Paulo. O estudo foi aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição e todos os pacientes assinaram um termo de consentimento informado. Uma unidade de radiologia intervencionista móvel denominada ANGIOMÓVEL foi concebida e implementada utilizando um caminhão baú para transportar um arco cirúrgico, uma mesa radiológica, aventais de chumbo e um pequeno carro contendo os insumos específicos para os procedimentos. A equipe do ANGIOMÓVEL consistiu de dois radiologistas intervencionistas, uma enfermeira, um motorista e um assistente. A unidade visitou um hospital por semana durante três meses. A inclusão de pacientes dependeu de vários fatores como avaliação por um ginecologista treinado, realização de um exame de ressonância magnética da pelve, exames laboratoriais de rotina e resposta a um questionário para avaliação da qualidade de vida
(QV). Evolução clínica, ressonância magnética e QV foram avaliadas.
A informação obtida após 12 semanas foi colhida e analisada.
Resultados: Verificou-se 100% de sucesso técnico para realização da embolização. O tempo médio de procedimento foi de 43 minutos com tempo médio de fluoroscopia de 24 minutos. O tempo médio de internação foi de 1,07 dias e a retomada das atividades ocorreu
numa