UNESP
Pesquisadores de Bauru criam modelo informatizado de reaproveitamento do lixo orgânico, manipulado em local fechado A Faculdade de Ciências (FC) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), câmpus de Bauru, desenvolveu um sistema computadorizado e de baixo custo para controlar a fabricação de fertilizante a partir do lixo. Em um contêiner, o material orgânico fermenta e um software controla a temperatura e os níveis dos gases. A pesquisa teve financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O projeto é dividido em duas partes: uma diz respeito à automação e à computação; e a outra trata da gestão da compostagem. A primeira é coordenada por João Perea Martins, da FC, e a segunda por Jorge Akutsu, ex-professor da Faculdade de Engenharia (FE), Câmpus de Bauru, e atualmente pesquisador da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Também participam do projeto o engenheiro civil especializado na área ambiental Adilson Renófio, professor da FE, e o químico Gilberto Castilho Filho, do Departamento de Água e Esgoto de Bauru (DAE). Tradicionalmente, a compostagem é feita por pequenos produtores rurais, que cavam um simples buraco no chão e depositam ali folhas e sobras de frutas, verduras e legumes. Bactérias causam o apodrecimento natural desses restos. Para transformá-los em adubo, é necessário manipular essa mistura para oxigená-la. Com o auxílio de uma vareta metálica, o agricultor sente a temperatura do composto e pode oxigená-lo, além de liberar o excesso de gases fósseis no momento correto. Os sistemas fechados de compostagem diminuem o mau cheiro e a exposição ao lixo, embora a maioria ainda funcione com a necessidade de “mexer” manualmente a mistura. Aqueles que contam com sistemas computadorizados têm um custo elevado de automação - em média R$ 100 mil. O modelo de sensoriamento e controle criado na Unesp prevê um investimento de apenas R$ 2 mil. Desde 2010, a equipe mantém um protótipo de