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Em 1830 – No Uruguai era adotada a primeira constituição como país independente.
Sucederam-se a partir desta data: três presidências constitucionais, governos instáveis e onze anos de guerra que levou á grandes períodos de perturbações e desordem trazendo prejuízos à economia e o empobrecimento nacional.
Dentro dos moldes políticos vigentes, parecia impossível modernizar o país sob tais circunstâncias. Essas foram às circunstâncias encontradas por José Pedro Varela quando assumiu a tarefa de estabelecer um sistema comum de educação.
JOSÉ PEDRO VARELA (1845-1879)
José Pedro Varela: nasceu em 19 de março de 1845 na cidade sitiada de Montevidéu, no país do Uruguai. De família de comerciantes, sendo ele próprio comerciante também, experimentou na época a conhecida “Grande Guerra”. Era uma guerra civil de sitiados contra sitiadores, envolvendo também países vizinhos, seus governos e exércitos.
Paralelo à guerra, imigrantes argentinos, principais expoentes do movimento intelectual em seu país, e perseguidos pelo regime de Juan Manuel de Rosas, encontram refúgio na cidade sitiada de Montevidéu na qual, proporcionaram um contexto de debate ideológico.
E 1865, José Varela começou a publicar vários artigos, entre eles os temas sobre: religião, gaúchos, analisando uma abordagem sociológica e a causa da estagnação moral e material. Em uma de suas declarações ele diz: “Não precisamos de uma população excessivamente grande, mas de uma população esclarecida. O esclarecimento do povo é o verdadeiro motor do progresso”.
Nessa mesma época, Varela propõe uma educação igualitária, sem fazer distinção, misturando ricos e pobres, no objetivo de evitar o desprezo e antipatia entre as crianças.
O DEBATE EDUCACIONAL – A QUESTÃO DA JUVENTUDE
Em 1869 novos distúrbios no país e Varela é detido e levado para o exílio. Já no ano de 1874 publicou o seu primeiro livro sobre a teoria educacional, “A educação do povo” a sua principal