Umberto Eco
Chegamos em uma era onde a comunicação molda a sociedade, a informação é o principal bem econômico e a comunicação virou indústria pesada. Com essa nova era, surge um novo homem, um homem habituado a sentir o mundo de uma outra forma, não se sabe se melhor ou pior, apenas diferente. A mídia é a mensagem, o Emissor fala com o Receptor através de um Canal, utilizando um Código que ambos entendem para passar a mensagem, entretanto, existem ruídos. A mensagem depende tanto do emissor quanto do receptor, visto que este pode interpreta-la de formas diferentes, dependendo de fatores sociais.
Não se pode controlar a comunicação, pois esta é influenciada por diversos fatores, sendo o público o principal deles. Não é mais possível viver livre dos meios de comunicação, entra-se no ciclo sem querer. Pode ser que formas não-industriais de comunicação gerem um público com maior senso crítico e poder de renovar a interpretação das mensagens das mídias, reintroduzindo uma visão crítica na recepção passiva.
Umberto Eco – A Multiplicação dos Mídias
Os mídias são genealógicos e não têm memória, ou seja, toda nova invenção gera imitações em cadeia, mas a partir do momento em que começa, não se sabe mais quem inventou, tornando fácil a confusão entre algo novo e a imitação de algo já inventado. Nos mass-medias não prevalece a invenção, e sim a realização técnica. As diferenças entre produtos de massa e a arte “elevada” foram reduzidas ou anuladas, a distância entre as duas foi diminuída, deve-se rever os conceitos sobre o que é ler e o que é ou não poesia. A maior parte do que se sabia sobre os mass-media nos anos 70 e 80 não se aplica mais atualmente, a comunicação e a sociedade são muito mais complexas hoje, deve-se rever todos os conceitos do passado. Os mass-media hoje estão em todos os lugares, a TV e o jornal são apenas mais uma das partes da mensagem, uma camiseta com uma logo pode ter o mesmo poder publicitários de um