Umbanda
Aparentemente, o culto umbandista, trajes, cantos e demais características assemelham-se bastante ao candomblé e outros cultos afro-brasileiros, mas a diferença fica evidente com uma observação mais detalhada, pois a umbanda adota figuras indígenas (os caboclos), negros urbanizados e inseridos na cultura europeia (pretos-velhos, pombas-gira e zé pelintra) e conceitos de reencarnação encontrados na doutrina espírita. A umbanda adotará ainda em seu panteão Exu, deus da mitologia iorubá (nagô), em meio a figuras do panteão bantu quimbundo, bem como a adoração à Santíssima Trindade católica. Tudo isto é estranho ao candomblé, que, a grosso modo, é a reconstituição de tradições quase que exclusivamente iorubás em terras brasileiras.
Muitas vezes demonizada e vista como culto maléfico, a umbanda deve ser entendida como uma religião, que busca preencher um conceito filosófico-religioso importante ainda nos dias de hoje, a atenção aos excluídos. Tal ideia de "inclusão religiosa" pode ser melhor entendida ao se analisar a origem da religião.
Criação
Apesar do desenvolvimento nas classes mais humildes, a umbanda tem um registro histórico de seu nascimento, e até uma hora determinada a