Umbanda
O tráfico de escravos africanos ao Brasil fez com que homens, mulheres, crianças, aliados e inimigos ,guerreiros, mães e pais de família aqui se encontrassem e redimensionassem suas tradições culturais, sociais ,familiares e religiosas. Essa foi a maneira que encontraram para enfrentar a opressão religiosa católica, não só pelas correntes que aprisionavam os corpos mas também pelo novo
Nome e a permissividade e omissão dos senhores cristãos. Religião e catequese conviviam com a escravidão, sem que a Igreja interferisse nos maus tratos dados aos negros. Todos os valores ,culturais ou religios como única saída os africanos usaram os valores e estruturas de seus escravizadores, se organizando em irmandades onde os brancos não participavam.
Essas irmandades serviram de intercâmbio para suas tradições culturais, linguísticas e religiosas, visto que embora fossem todos africanos ,vinham de diferentes pontos da África .Serviram também(as irmandades) para manter as crenças nos seus antepassados. Na sua maioria, os cultos na África eram familiares de uma linhagem, de um clã ou grupo de sacerdotes. As divindades Iorubás eram cultuadas em suas cidades, bem como as de origem Bantú eram cultuadas por grupos próprios. Os africanos, aqui chegando e sendo separados sem nenhum respeito a famílias, parentescos ,religião ou região, não puderam repetir aqui esse modelo. A estrutura religiosa se fragmentou, mas mesmo assim ,conseguiram partilhar os segredos e os conhecimentos de suas culturas e religiões .Assim, com o tempo, as irmandades se solidificaram e mais tarde deram origem a algumas religiões aqui chamadas de religiões afros.Entre elas está a UMBANDA que é o objeto deste trabalho.
2 - TEMA
Esse tema foi abordado por ser a Umbanda uma religião ainda pouco conhecida no Brasil. Consequentemente, não temos dela uma vasta bibliografia. Então o desconhecido despertou o interesse e a curiosidade aliados é claro,