Umbanda
O vocábulo é oriundo da língua quimbundo, de Angola, e significa arte de curar, segundo a Gramática de Kimbundo, do Professor José L. Quintão, citada na obra O que é a Umbanda, de Armando Cavalcanti Bandeira, editora Eco, 19701 . Já os autores de vertente esotérica fazem alusão ao sânscrito a partir da junção dos termos Aum e Bandha, o elo de ligação entre os planos divino e terreno. A palavra mântrica Aumbandhan teria sido passada de boca a ouvido e chegado até nós como A Umbanda.
O Espiritismo, especialmente o pejorativamente chamado baixo espiritismo representado pelas religiões afro-brasileiras, era ainda proibido por lei. Durante o período da ditadura, em que ocorreu também a formação da Umbanda, a perseguição às pessoas envolvidas se intensificou. Contudo, a repressão era voltada aos praticantes do então baixo espiritismo, ou seja, as religiões afro-brasileiras. Por conseguinte, os umbandistas, por questão de sobrevivência, passaram a se identificar com o termo espírita, usado apenas pelos espíritas kardecistas. Ao optarem por essa denominação, os praticantes se associaram com o Kardecismo e com o então chamado alto espiritismo. Portanto, o termo espírita foi amplamente utilizado como fuga da repressão e ainda para dissociar os praticantes das novas religiões de sua ascendência afro-brasileira, um gesto que recorda o uso do sincretismo católico nos cultos afro-brasileiros durante o período da escravatura .
Os fundamentos da Umbanda variam conforme a vertente que a pratique.
Existem alguns conceitos básicos que são encontrados na maioria das casas e assim podem, com certa ressalva e cuidado, serem generalizados. São eles:
A existência de uma fonte criadora universal, um Deus supremo, pode receber os nomes Zambi, Olorum ou Oxalá.