Uma S O Paulo Com Rios Limpos E Utilizados Por Barca As
Em termos de mobilidade urbana, os barcos também poderiam transportar passageiros e incentivar o turismo de esportes aquáticos nas represas. Além disso, a proposta prevê a transformação dos eixos em uma rede de vias que permitem à cidade melhor gestão de resíduos e eficiência na reciclagem. Um plano para 30 anos no futuro, num país em que estamos acostumados a não pensar nada para além de 4 anos eleitorais já é, em si, algo bastante raro. Mas há quem acredite que os rios de São Paulo, hoje um problema para a cidade, possam se tornar parte da solução, inclusive a curto prazo.
Uma dessas pessoas é Alexandre Delijaicov, coordenador do grupo Metrópole Fluvial, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e arquiteto da Prefeitura de São Paulo. Ele defende que se o hidroanel sair do papel, São Paulo pode se tornar de uma metrópole sobre rios, para uma metrópole para os rios. E nessa cidade fluvial há muitas oportunidades de negócios, inclusive para os trechos mais curtos de hidrovias. Ele afirma que canais navegáveis de pouca extensão podem ter um enorme potencial econômico. “Pra vocês terem uma ideia, o rio Sena, em Paris, e tudo que os turistas conhecem do rio Sena, da torre Eifeel até Notre Dame ou até o canal San Martin, tem em torno de 3 quilômetros.” Por isso, para ele, a hidrovia do canal inferior do rio Pinheiros, apesar de ser consideravelmente menor do que as outras previstas no projeto do Hidroanel, com 10 quilômetros, possui