Uma visão sobre Santo Agostinho
Neste trabalho abordaremos um pouco sobre uma das figuras mais importantes no desenvolvimento do cristianismo no ocidente, este foi Santo Agostinho. Aurélio Augusto foi bispo, filósofo e padre da Igreja Católica, nasceu em Tagaste e viveu entre os anos de 354 e 430 D.C.. Ele é considerado um clássico por sua imensa capacidade de elaboração e transformação daquilo que recebeu da filosofia antiga, outro ponto importante a ser ressaltado é que a ética agostiniana pode ser classificada como teológica, pois existe um fim último para ser atingido, no caso é a vida feliz, ou seja, Deus.
Agostinho foi bastante influenciado em seus primeiros anos pelo maniqueísmo – filosofia religiosa fundada por Maniqueu, que divide o mundo entre o Bem (Deus) e o Mal (Diabo) – e pelo neoplatonismo – principalmente por Plotino e sua visão coagulada entre a visão de Platão e a fé cristã – porém, depois de se tornar cristão Agostinho desenvolveu sua própria abordagem sobre filosofia e teologia e uma variedade de métodos e perspectivas diferentes.
Segundo ALTANER (1990, p. 434), Agostinho foi o maior filósofo da época patrística, além do mais importante e influente teólogo da Igreja em geral. Deste modo, justifica-se o estudo no referido autor, pois Santo Agostinho torna-se essencial para uma discussão no que tange um entendimento da ética cristã.
Em uma de suas obras, chamada “O Livre Arbítrio”, o bispo contraria aquela ideia de dois princípios dos maniqueus (o princípio do Bem e o princípio do Mal), pois deste modo o homem não é livre nem responsável pelo mal que faz. Agostinho procura demonstrar que a nossa conduta e o poder de agir como queremos é uma decisão soberana, um arbítrio. Nesta obra a ética agostiniana caracteriza-se pela formulação de uma explicação de como pode existir o mal se tudo que vem de Deus é bom. Em seguida, na obra “Confissões”, Agostinho esboça uma ética harmonizada com os preceitos morais cristãos. Entretanto,