Uma Vis O Inicial Do Protestantismo
Durante a Idade Média, a Igreja Católica constituiu o principal centro de poder na Europa. Sua influência era tamanha que reis e senhores feudais recorriam a seu apoio para governar, mas tamanho poder terreno distanciou a Igreja dos assuntos espirituais, tornando a riqueza e os prazeres mais importantes do que a fé.
Por volta do século XIV, a Igreja Católica passa por uma crise, sendo alvo de questionamentos e denúncias de corrupção e acusações de ordem moral, sendo responsabilizada por alguns filósofos cristãos, entre eles John Wycliff e John Huss, pela perpetuação da miséria e da ignorância na sociedade européia. A Igreja Católica reprimiu e condenou estes filósofos, mas o movimento cresceu de forma contínua tomando grande proporção no século XVI.
Neste período, Martinho Lutero, um monge agostiniano e professor de Teologia na Universidade de Wittenberg na Alemanha, protestou depois de ouvir de Johann Tetzel, representante do papa Leão X na região, um discurso defendendo a venda de indulgências. Segundo Lutero, tais práticas não encontravam respaldo na Bíblia e era apenas uma forma de a Igreja tirar proveito da fé das pessoas. Movido por estes questionamentos, formulou 95 teses nas quais criticava a venda de indulgências e outras práticas da Igreja Católica.
Em junho de 1520, Lutero foi excomungado pelo papa por não aceitar voltar atrás e pedir desculpas publicamente à igreja. Em compensação, muitos príncipes o apoiaram o que permitiu Lutero a traduzir o Novo Testamento para o alemão e produzir um grande volume de textos condenando a Igreja, fazendo com que estes fossem acessíveis a todas as pessoas.
Com tamanha divulgação das ideias de Lutero, muitas pessoas de todas as classes, inclusive de camponeses, se juntaram ao movimento marcando o início de uma série de conflitos contra a Igreja Católica, que iam desde a substituição de sacerdotes por religiosos de formação luterana, em determinadas regiões, até a criação da Liga de