Uma vida líquida
Autor prolífico (escreveu mais de 40 obras), Baumam lançou, em 2000, um trabalho que viria a ser o primeiro de uma série que, talvez, ainda siga incompleta. Nela, o pensador analisa tanto as relações humanas, quanto a forma de existir do homem na atualsociedade na qual vivemos - nesse mundo que criamos para desenvolver nossas experiências e enfrentar nossas questões.
O nome do livro é Modernidade Líquida. Os outros da série são, até agora: Amor Líquido, Vida Líquida, Medo Líquido e Tempos Líquidos.
Está claro que aquilo que une os trabalhos é o conceito de líquido, de liquidez, cunhado pelo sociólogo para demonstrar o que seria a principal característica do mundo contemporâneo: a flexibilidade, a volubilidade, a inconstância, a mudança contínua. Essa forma de existir, de lidar com as coisas, segundo o autor, atravessaria todas as áreas de nossa existência, fazendo com que nossa vida estivesse em constante mudança. O mesmo não acontecia, por exemplo, com nossos antepassados, para quem as experiências se davam de maneira absolutamente mais estável, repetitiva.
Família, amor e trabalho
Exemplos que nos mostrem essa diferença não faltam. Em termos de relações pessoais, podemos pensar na ideia de família, ou no que ela representava e, hoje, significa. No universo sólido de nossos avós, uma família era constituída por um pai e uma mãe e pelos filhos gerados por essa união. Tal forma não se desfigurava. O mesmo não podemos dizer de hoje, quando os