Uma verdade oblíqua em um mundo filosófico
O pensador francês Jean Baudrillard personagem polêmico desenvolve uma série de teorias que remetem ao estudo dos impactos da comunicação e das mídias na sociedade e na cultura contemporâneas. O professor é hoje uma das figuras mais populares do novo século tão popular nos Estados Unidos por causa de suas análises sobre a cultura de massa. Se a realidade já não existe e vivemos um permanente e conspiratório espetáculo de mídia, como quer Jean Baudrillard, o pensador exerce a função de entertainer às avessas. Ele decreta o fim dos tempos, e faz com que todo mundo vibre com isso. Partindo do princípio de uma realidade construída (hiper-realidade), ele discute a estrutura do processo em que a cultura de massa produz esta realidade virtual. As suas teorias, contradizem o discurso da "verdade absoluta" e contribuem para o questionamento da situação de dominação imposta pelos complexos e contemporâneos sistemas de signos. Ele expõem em seu ponto de vista e nos explica que os signos evoluíram, tomaram conta do mundo e hoje o dominam. Os sistemas de signos operam no lugar dos objetos e progridem exponencialmente em representações cada vez mais complexas. O objeto é o discurso, que promove intercâmbios virtuais incontroláveis, para além do objeto. No começo de sua carreira intelectual, nos anos 60, escreveu um ensaio intitulado 'A Economia Política dos Signos', uma indústria do espetáculo ainda engatinhava e os signos cumpriam a função simples de substituir objetos reais. Analisou o papel do valor dos signos nas trocas humanas. Atualmente, cada signo está se transformando em um objeto em si mesmo e materializando o fetiche, virou valor de uso e troca a um só tempo. Os signos estão criando novas estruturas diferenciais que ultrapassam qualquer conhecimento atual. O relativismo dos signos resultou em uma espécie de catástrofe simbólica. Amargamos hoje a morte da crítica e das categorias racionais. Os