UMA RETROSPECTIVA DA EDUCAÇÃO PRESENCIAL NO BRASIL
Marcela Vieira Coimbra.
Desde a chegada dos jesuítas no Brasil, aconteceram profundas mudanças nos costumes e na cultura. Toda educação era implantada pelos jesuítas, como apresenta HANSEN (2001) no século XVI. Quando os colégios ainda não tinham sido estabelecidos, os homens que se alistavam na Companhia de Jesus estudavam em universidades e viviam nos colégios mantidos pela ordem religiosa jesuítica. Segundo VEIGA (2007), desde aquela época, as noções de latim eram ensinadas por professores ou escolas, onde os alunos aprendiam o alfabeto, a pronúncia das sílabas e depois a leitura de texto; uma vez que as aulas eram ministradas justamente para atender as disciplinas de oratória e retórica. Era muito importante a sofisticação do ato de falar. Ainda aponta a mesma autora que, mais tarde com a reforma Pombalina houve uma tentativa de incluir na educação brasileira o caráter crítico, racional e artístico, típicos do Iluminismo, de que Pombal era declarado defensor. Nesta época, o objetivo era criar uma escola útil aos fins do Estado e, nesse sentido, ao invés de preconizar uma política de difusão interna e externa do trabalho escolar, Pombal organizou a escola para antes de servir aos interesses da fé, servir aos imperativos da Coroa.
SAVIANI (2007), afirma que os professores eram geralmente mal preparados para a função, já que eram improvisados e mal pagos. Eles eram nomeados por indicação ou sob a concordância de bispos e se tornavam "proprietários" vitalícios de suas aulas régias. O resultado da decisão de Pombal foi que, no princípio do século XIX a educação brasileira estava reduzida a praticamente nada. O sistema jesuítico foi desmantelado e nada que pudesse chegar próximo deles foi organizado para dar continuidade a um trabalho de educação. Esta situação somente sofreu uma mudança com a chegada da família real ao Brasil em 1808.
Em 1826, um Decreto institui quatro graus de instrução: Pedagogias