Uma reflexão sobre o livro “ A Arte de Restaurar Histórias” e a Clínica Psicológica.
Nesse livro a autora Jean Clark Juliano, narra sua experiência em anos de prática psicoterápica utilizando as técnicas da Gestaltterapia tendo a mesma, a intenção de nos levar a fazermos uma reflexão do que é ser terapeuta. Segundo a autora, o papel do psicoterapeuta é ajudar o cliente a “resignificar”, dar um novo sentido para a história pessoal do mesmo. È Olhar para os “ retalhos de histórias” que são trazidos para o espaço da terapia pelo cliente, onde o terapeuta deve ter sua atenção centrada e focada no conteúdo da narrativa do cliente e reorganizar as questões levantadas pelo mesmo. Isso, através de intervenções cuidadosas sem preconceitos ou julgamentos. Mas sim, intervenções acolhedoras que possam levar o cliente a refletir sobre a demanda que ele traz no momento. Para Jean Juliano, o psicoterapeuta é um “ guardador de histórias”, onde o cliente nos dar a guarda de suas histórias no momento que ele não tem “ condições de permanecer com elas em um determinado momento”, até que o mesmo esteja pronto para levá-las consigo novamente e transformá-las em algo diferente, novo e que faça sentido na sua vida. E por sermos guardadores de histórias, devemos sempre ser trabalhados estando em terapia para não entrarmos em desiquilibrio, correndo o risco de deixar escapar a história do outro, ou fazermos intervenções equivocadas. Pois, ao sermos guardiões de histórias alheias, devemos zelar por essas histórias acolhendo respeitosamente a singularidade do outro. Jean nos diz que “ O processo de crescimento e expansão da consciência é, em parte, autônomo”, quer dizer ele só se realiza a partir de um esforço do próprio cliente. Por isso, é importante que o cliente saiba que o espaço terapêutico existe e está ali para ajudá-lo nesse crescimento, através da ´possibilidade de fala do cliente e da escuta atenta do terapeuta. Quando o mesmo adota uma postura