Uma reflexão sobre a inclusão de pessoas com necessidades especiais
Grande parte dos programas de inclusão social (para não dizer todos) criados pelo governo não tem outra intenção senão a de manter seus beneficiários na situação de excluídos. Um exemplo disso é o que acontece às pessoas com necessidades especiais, que recebem apoio assistencialista de todas as formas, porém continuam na situação de excluídos na sociedade, sem o direito sequer de saber expressar suas próprias opiniões acerca de sua situação.
Quando, no entanto, se fala em necessidades especiais, a referência não é apenas às necessidades físicas ou mentais que um indivíduo pode vir a apresentar,. Elas também podem ser, conforme Coll, Marchesi, Palacios e cols. (apud TAMARIT, 2004), necessidades educativas comuns, como as dificuldades de aprendizagem, por exemplo, muito encontradas nas escolas em geral. É interessante, porém, que se tenha em mente que a necessidade especial, seja ela por uma causa genética ou adquirida, deve ser sempre trabalhada de maneira que não se torne um empecilho na vida do sujeito. Esse seria, portanto, o verdadeiro objetivo do tão discutido conceito de “inclusão social”.
O objetivo deste artigo é analisar o proposto e o realizado no processo de inclusão de pessoas com necessidades especiais. Discorre-se, assim, aqui, sobre a legislação vigente no âmbito educacional, legislação que, muitas vezes, não é levada tão a sério quanto necessário.
Em seguida discute-se a inserção das pessoas com necessidades especiais no mercado de trabalho,