uma reflexão sobre a arte

Em 1981 um gênio da música, John Lennon escreveu assim “ woman I can hardly Express, my mixed emotions at my thoughlessness”. Quase meio século antes no livro “mar absoluto”, Cecília Meirelles escreveu sobre a ausência e dizia assim: “ah falta o silêncio que estava entre nós, e olhava a tarde, também. Nele vivia o teu amor por mim, obrigatório e secreto Igual à face da Natureza: evidente, e sem definição . Tudo em ti era uma ausência que se demorava: uma despedida pronta a cumprir-se”. Me parece que estes dois fatos estão relacionados e foi daí que tirei minha idéia da resignificação dos símbolos. Comecei a pensar neste artigo depois de reparar nos meus trabalhos, com freqüência formas humanas fundidas com formas de objetos. O professor me orientou a pesquisar sobre o conceito de metamorfose na arte e me sugeriu ler o conto A Metamorfose de Franz Kafka. A partir de uma pesquisa na internet pude constatar que a idéia de metamorfose é muito freqüente na mitologia greco-romana. Inclusive há um livro em versos chamado metamorfoses do poeta Ovídio, no qual seus personagens acabam, por conta da vontade de Deus, transformados em rios, pássaros e outras formas. Depois da arte mítica greco-romana, a arte ocidental sofre as influencias do cristianismo e por ser sustentada pela igreja passa a retratar questões do mundo religioso, onde a idéia de transformação permanece exclusivo das idéias religiosas assim como na antiguidade o conceito de metamorfose é exclusivo do imaginário mítico. A partir do renascimento, quando a arte passa a ser comercializada e novas invenções tais como a tela e a prensa permitem que a arte possa se preocupar com questões internas e não externas a ela, é que o conceito de metamorfose ganha fomento para se libertar do autoritarismo religioso até então em voga. Apesar da igreja tentar uma última tomada de poder com a contra-reforma que culminou no movimento barroco, não dava para ignorar as idéias de liberdade geradas pelo renascimento. Os movimentos