UMA PEDAGOGIA DA LIBERDADE: A OBRA DE PAULO FREIRE E A MUDANÇA SOCIAL
‘’Não Basta querer para mudar o mundo. Querer é fundamental, mas não é suficiente. É preciso também saber querer, aprender a saber querer, o implica aprender a saber lutar politicamente com táticas adequadas e coerentes com os nossos sonhos estratégicos”. Paulo Freire (1997).
UMA PEDAGOGIA DA LIBERDADE: A OBRA DE PAULO FREIRE E A MUDANÇA SOCIAL
Podemos encontrar na obra de Paulo Freire um grito pela mudança social e pela libertação da sociedade, visto que esse grande pensador, de origem humildade, analisou a educação não somente em termos psicológico (a forma com que o aluno aprende), mas como atrelada à realidade socioeconômica do país em um contexto capitalista, onde oprimidos e opressores estão em cena.
Freire enxerga que a educação da forma com que está estruturada, é um meio pelo qual a elite deposita nas camadas populares os seus valores com a finalidade de fazer com que elas não compreendam o sistema socioeconômico em que vivem e que, por consequência, não haja no intuito de muda-lo. Nesse sentido, a função daquilo que ele chama de ‘educação bancária’ é a desumanização ou alienação dos indivíduos.
A educação deveria ser o inverso disso, não um instrumento de dominação, mas de libertação da sociedade. Freire vê essa educação ideal como aquela que libertaria oprimidos e opressores, porém essa educação deveria ser estruturada de outra maneira, com a finalidade dos indivíduos se conscientizarem do seu papel na mudança da sociedade, de seu papel como cidadãos.
Essa nova educação seria fundamentada na ligação entre os conteúdos e a vida dos alunos, muito próximo daquilo que John Dewey acreditava. Freire também não vê nenhuma função nos conteúdos se não for para levar os alunos a refletirem profundamente sobre o mundo que o cercam e levá-los a compreender que somente eles podem mudá-lo.