Uma onda no ar

O objetivo do presente trabalho é responder a seguinte pergunta: Como, no filme a mídia independente da radio funcionou como um instrumento de aplicação da liberdade e autonomia dos cidadãos que a ouviram?
O filme trata da criação de uma rádio comunitária numa favela de Belo Horizonte, que inicialmente ia ao ar todos os dias no horário da programação “a voz do Brasil” às 19:00.
Seus idealizadores Jorge, Zequiel, Brau e Roque desempenhavam um importante papel dentro e fora da comunidade, reivindicando mais verbas para a educação, aumentos da oferta de emprego para os cidadãos de classes sociais abastadas alem de denunciar os excessos e arbitrariedades das autoridades policiais. A rádio Favela era uma forma de luta contra o racismo e a exclusão social através da comunicação
Neste sentido, podemos perceber que a “radio favela” fala dos problemas cotidianos enfrentados pela comunidade o que a torna um veiculo de comunicação bastante importante e utilizado por esta mesma comunidade. É importante ressaltar também que a radio favela não possui qualquer tipo de vinculo partidário, o que a torna independente e com autonomia para tratar assuntos delicados como a corrupção, violência policial, drogas e preconceito de forma isenta, E embora tratasse tais assuntos com o olhar da favela, conseguia ser não tendenciosa o que trazia mais credibilidade e segurança para os ouvintes da radio.
Podemos afirmar que a rádio foi rapidamente aceita pelos moradores ao perceber que a mesma era voltada para os problemas da comunidade. A rádio falava a mesma língua dos moradores, a língua popular, sem rodeios, direta e com um toque informal. A rádio era a voz da favela para a favela.
O filme mostra que a radio tratava de questões sociais, ajudando a sociedade, buscando orientação aos jovens e oportunidades para os moradores.
“Uma onda no ar” nos passa inúmera reflexões a respeito da exclusão social, o racismo mascarado pela ideia de que no Brasil não existe preconceito racial, alem da