uma nova politica industrial
Em nação onde há 27 órgãos legislando sobre política industrial não se pode imaginar eficiência
Os meios que o Estado pode utilizar para influenciar as estratégias de empresas, através de uma política industrial, são normalmente variados e podem ser agrupados em quatro níveis: a) benefícios e incentivos (penalidades); b) alocação de recursos; c) definição de regras de jogo; d) alterações estruturais. Poder-se-ia ainda distinguir a influência do Estado nas empresas em dois planos distintos, ou seja, na indústria como um todo, abrigando todos os setores industriais, e nas empresas ou ramos, especificamente.
Numa economia de mercado, a mola da atividade produtiva é o lucro, e, independente da inflação, as empresas que não reinvestiram seus resultados ficam para trás na capacidade competitiva, interna e externa. A influência do Estado, porém, faz com que o lucro seja função direta da maior ou menor adaptação da empresa à estratégia de influência governamental na sua política industrial. O lucro é assim um fator que pode ser manipulado em razão das diretrizes públicas. O rendimento da empresa poderá ser afetado pelo aproveitamento de subsídios fiscais e creditícios ou pela flexibilidade no controle de custos e outros fatores.
Além do problema complexo e essencialmente técnico da avaliação dos resultados da influência do Estado na estratégia das empresas, existe o problema sociopolítico. Pressões políticas podem provocar o desvio da ação governamental, premiando em alguns casos as empresas ineficientes ou mesmo distorcendo a ação do mais bem planejado plano do governo. A alocação de recursos por ramos ou setor da indústria é outra maneira que dispõe o governo para influenciar a ação das empresas. O governo pode considerar aconselhável fortalecer ou alterar as atividades de um setor industrial através da alocação direta de recursos públicos. Tais alocações especiais são normalmente dirigidas para indústrias de defesa; indústrias de alta